INSTITUTO QUALISA DE GESTÃO
30 ANOS

Nosso sistema de saúde pede novas formas de pensar para melhorar a capacidade de prever e controlar os resultados de saúde, individuais e coletivos. Para isso, precisamos de um novo modelo: um que esteja ancorado nos princípios da gestão da qualidade.
Este livro é um chamado e uma ferramenta para que cada um de nós assuma o seu papel na busca pela saúde sustentável. Esta decisão estruturará um sistema capaz de atender as necessidades de saúde do presente, sem comprometer as demandas das gerações futuras.

A situação da saúde da população brasileira é preocupante.A razão é clara, mas não simples: o sistema de saúde brasileiro segue se esbarrando com a necessidade de ações que levem em conta fatores sociais, econômicos e ambientais – fenômenos multifacetados e que interferem nas condições de vida e bem-estar da população. Essa realidade demonstra o isolamento da medicina para com todas as outras ciências, sendo seu foco praticamente exclusivo a doença, o que ajuda a explicar a ineficiência das políticas de saúde.

Esse é um problema de dimensões globais. A OMS estima que mortes e danos evitáveis, decorrentes de falhas e erros assistenciais, infecções e outros eventos adversos, atinjam 2,6 milhões de pessoas em todo o mundo.

O Brasil, com seus 5.570 municípios, enfrenta sérios dilemas em relação à oferta de serviços de saúde, especialmente em regiões distantes dos principais centros urbanos, com baixos padrões de qualidade assistencial tanto na saúde pública, quanto na suplementar.

Em termos econômicos, os custos relacionados a eventos adversos são da ordem de 10,6 bilhões de reais, ou 16,2% de todas as despesas médico-hospitalares, segundo uma pesquisa da UFMG.